Como escolher um filhote?

   Sem dúvidas esta é uma tarefa bem difícil, especialmente quando falamos de raças que atingem certa popularidade e por consequência surgem novos criadores, vendedores e revendedores a todo momento. 

  É compreensível também que as pessoas fiquem divididas com diferenças tão discrepantes de valores. Afinal, se todos (ou a maioria) tem "pedigree" porque pagar "tão" mais caro? Pois então, vamos usar este espaço para explicar alguns detalhes. 

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Pedigree - O valor dos filhotes não é baseado em possuir ou não pedigree. O valor para a emissão de um pedigree por um criador associado é inferior a R$ 60,00, logo, não justifica emitir ou deixar de emiti-lo de modo a interferir significativamente no valor do filhote. Para um filhote ter pedigree CBKC, pai e mãe deverão ter. Além da questão do valor, também é comum a ideia de que se o cão tem pedigree, obrigatoriamente é puro. Infelizmente, deveria ser, mas não é o que ocorre. O pedigree hoje vale tão somente como uma certidão de nascimento que certifica a genealogia de acordo com as informações prestadas. Em outras palavras, o que importa não é ter o pedigree, mas sim o conteúdo dele, e neste ponto, já falamos de valores diferenciados, já que para ter um bom pedigree, são feitos consideráveis investimentos em genética. 

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Beleza / Padrão - A genética está diretamente relacionada a beleza e ao padrão dos cães. E é principalmente em  genética, que os bons criadores investem. Claro que a genética não funciona como uma matemática perfeita, em que todos os cães de bons criadores sempre serão belíssimos, mas, certamente, terão o mínimo de qualidade. E neste caso, estamos falando da qualidade e quantidade de pelo, da proporção crânio.: focinho, estrutura e todas as características que nos fazem nos encantarmos e escolhermos uma raça específica. Uma coisa deve ficar clara, se o filhote não tiver um bom componente genético, nenhum tipo de suplementação, alimentação de qualidade, produto para pelagem, etc. poderá resolver. Pode-se dizer que 80% da beleza deles está em sua genética, os outros 20% é que dependem do manejo e da qualidade de vida que proporcionamos a eles. 

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Temperamento -  Este é um dos pontos mais importantes na escolha de um bom filhote e mais uma vez temos uma relação direta com a genética deles. O temperamento de um cão está diretamente relacionado com a genética e com o manejo nos primeiros meses de vida, fase chamada de "imprinting", em que a própria mãe e a matilha ensinam limites ao filhote. Cães que não venham de uma boa procedência genética, e que tenham o convívio com a mãe e a matilha limitado, tem grandes chances de desenvolverem sérios problemas comportamentais que muitas vezes desesperam seus futuros proprietários, tais como: Agressividade, latidos compulsivos, desobediência constante, destruição de objetos e partes da casa, entre outros, com o agravante de muita dificuldade em mudar esses comportamentos, mesmo com o apoio de adestradores especializados.  

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Saúde - Bons criadores buscam trabalhar as linhas de sangue com o objetivo de minimizar as possibilidades de seus filhotes terem problemas de saúde genéticos. Mais uma vez é necessário frisar que, nem sempre a genética funciona com a precisão da matemática, porém, certamente é possível reduzir a probabilidade. Além disso, caso ocorra um problema de origem genética no filhote, os bons criadores sempre estarão dispostos a apoiar e ajudar o proprietário nesse processo, não eximindo sua responsabilidade com o bem estar de seus filhotes até o final da vida deles. 

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Depois de tomar conhecimento destes fatores, e decidir comprar um filhote de boa procedência, ainda deve seguir algumas dicas:

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- Não pegue seu filhote com menos de 80 dias (se for possível, espere até 90 dias). Essa é a principal fase do imprinting e quanto mais ele viver em matilha nesta fase, melhor. Claro que, é necessário se certificar de que o criador deixa o filhote vivendo em contato direto com os cães adultos em alguns horários do dia, sob supervisão.

- O filhote deverá ter pelo menos 1 dose de vacina polivalente (v8 ou v10) e as doses de vermífugo correspondentes a idade.

- A pelagem não deve ser opaca, nem possuir falhas.

- Os olhos devem ser brilhantes e não devem apresentar secreções purulentas.

- O nariz deve ser frio e úmido.

- Os estímulos sonoros devem gerar reação imediata.

- O caminhar deve ser firme e alegre. 

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Em suma, a escolha de um bom filhote, e a valorização feita pelos bons criadores pode fazer toda a diferença no convívio e na satisfação ao ver o filhote um belo adulto. Em breve faremos um artigo sobre "Como escolher um bom criador?" e sobre "Imprinting". 

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Lembrete: Este material foi desenvolvido e é frequentemente atualizado por Juliana Camara, proprietária do White Dove Poms, criadora de Spitz Alemão Anão e Pequeno desde 2005. Fique à vontade para compartilhar, mas, mesmo que compartilhe apenas uma pequena parte do material, não esqueça os créditos. Créditos: Juliana Camara (White Dove Poms)